All rights reserved ©

Todo o conteúdo deste blog (sem créditos acrescentados ao final) são de minha autoria. Respeite, por favor.
counter free

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Atrás das cortinas, sentimentos


Me pergunto inúmeras vezes, durante semanas, as vezes até insisto em querer descobrir. Descobrir o meu mistério: Porque tão sensível me fiz? Penso e quebro a cabeça pensando, chego a conclusão que me foi predestinado ser assim, pois sempre sou a romântica incorrigível da turma, da galera a mais chorona, a do cinema aquela que adora uma boa comédia romântica, a dos relacionamentos, qualquer que seja ele, sempre a que sofre mais, se machuca e se ofende mais. E me pergunto sempre, porque?
Dou muito valor ao que as pessoas que de fato eu amo, ou considero indispensáveis ao meu redor falam. E me magoo a cada não, a cada fim, a cada plano desfeito, a cada para sempre acabado. Sou composta de todos esses turbilhões de emoções que fazem de mim trinta dias por mês, intensificadamente no período chamado tpm, uma guria tipicamente saída dos melodramas mais "melosos". Que tem o mundo desmoronado por uma desavença, uma discussão, por mais boba que seja.
Frágil, me pergunto. Será que sou? É tudo meio contraditório, pois já passei por mal bucados, enfrentei-os, geralmente venço meus obstáculos. Mas é aí que está, até chegar a vitória, suo feio a camisa, sofro demais, me agonio sempre. As pessoas sabem exatamente como fazer isso comigo. Geralmente meu ponto fraco é descoberto logo assim, de cara. Tem pessoas que parecem fazer questão de usá-lo contra mim. Não sei se é querer chamar a minha atenção, não sei se a intenção é magoar, ou aquela coisa de querer ver a louca aqui atacar, a brava. O que mal sabem, muitas vezes, é que por trás da muralha que briga, faz cara feia e corta relações para sempre, tem o meu eu verdadeiro.
Lágrimas que rasgam por dentro me tomam conta. Sei que o certo é pensar que quem estar perdendo é o idiota que fez por onde, mas sofro tanto. Me magoa tanto a indiferença, o tanto faz de algumas pessoas. Até mesmo o talvez, isso me angustia por horas. Por dias. Mas parece que tem gente que realmente não se importa. Sei que nesse caso, eu também não deveria estar nem aí, e fazer a linha do tanto faz, tanto fez, mas me desculpe armadura de durona, eu me importo.
Me afeta brigas com qualquer uma das pessoas que me completam, que enchem meus dias de alegrias, de risos, de conversas fiadas. Que me enchem de carinho, cada um da sua maneira, mas enchem. Que elevam meu astral, quando tudo está em harmonia. Mas e quando desarmoniza? Ah.. aí vêm o que não deveria vir. Pecado ou não sinto falta, meu pecado é esse sentir. Sinto de mais, intensamente de mais, profundamente de mais. Sou feita por sentimentos que me dominam impulsivamente, me perdoem se a cada partida gostaria de vestir, se me importar com o que vai parecer, uma camisa escrito: don't leave me ou até mesmo: don't loose me . Mas isso não pode ser dito, nem transparecido. Tenho que manter sempre escondido atrás do forte escudo que me imponho montar quando algo parecido acontece. Isso ajuda? Não sei, é simplesmente necessário.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Para viver, não basta estar vivo


Repentinamente a vontade de vir exercitar a ponta dos dedos. Afim de tirar o mofo das emoções, guardadas em memórias, lembranças e até mesmo no coração. Mas neste, só as que valem realmente a pena. Encerramento de um ciclo, conhecimento novo adquirido e muito assunto para expressar.
Tem sido difícil, confesso, me comunicar através de escrito. Já culpei a inspiração, já culpei a malandragem, porém hoje achei a verdadeira culpada, eu. Sozinha sem ajuda de mais ninguém me privei de reviver lembranças e desenterrar, o que com tanto sacrifício fora expulso, da minha vida pelo menos. Foi difícil e quando por fim consegui, me desliguei, mesmo. Certo ou errado, deu certo para mim. Ao mesmo tempo fui procurando outras emoções, vivenciar novos momentos e por sorte, achei. Pós época de desilusões e mágoas, me veio a paz. Chame como quiser, voltei a viver. Isso me define. Se por viver se entende sair, beijar na boca, badalar e beber muito, pois bem isso para mim, descobri que isso que contradiz com o que me faz sentir viva.
Voltar a viver para mim é conviver coisas, que assim como o ar oxigênio me mantém viva dia após dia, como minha família e meus amigos. Encontrei, ou melhor dizendo, reencontrei meu lugar, meu ponto de equilíbrio e de paz. Penso no bucado de coisas que havia parado de presenciar, no punhado de gente que tinha deixado de lado e o desenvolvimento de pessoinhas muito queridas. Ainda bem que voltei a viver.
Hoje em dia ao invés de carregar amigas para casa ou ser carregada, carrego meu afilhado nos braços. Ao invés de chorar no banheiro do bar, me emociono a cada careta que ele faz enquanto dorme. Ao invés de rir embreagada, rio muito, dou risada de cada palavra que Lívia, tenta dizer. Um com vinte e nove dias a outra com um ano, respectivamente, tão pequenos, tão serenos e tão sábios. Carregam com si a capacidade de trazer de volta a essa dinda/prima, uma felicidade completa. Sem me sentir mais insatisfeita com a vida hoje olho para o lado e vejo que tenho tudo, tenho saúde, amor de mãe, pai, irmão e ainda de quebra tenho quatro amigos que valem por um time de futebol inteiro.
Tem a louca que me atura a doze anos viveu comigo o possível e o impossível do imaginável e pela graça divina ainda vive, também há o bem educado e adorável que sempre faz de tudo por todos nós, se tratando de pouco tempo, falo da minha little frágil mas com uma força capaz de me reerguer quantas vezes for e preciso e por fim e sem saber muito o que escrever sobre ele, digo meu novo amigo, que não é o mais louco, não é o mais bem educado e muito menos o mais frágil, mas é na medida certa o amigo sincero, que me atura, que respeita e que fala o que tem que ser dito e isso o faz ser quem é, e se encaixar como ninguém nessa quarta parte e juntos estão guardados naquele lugar, onde eu disse ainda pouco que ficava guardado apenas o que realmente importa.
Ainda nele, ficam a mina de ouro, aquela que aos dois meses de vida Deus me entregou nos braços, minha mãe, papai e meu irmão. Cada um em seu papel fundamental se fazendo cada vez mais essencial ao longo dos atos de amor infinito. Minha mãe eu não preciso descrever muito para não deixar de cara, clichê. Mas posso definir um pouco em palavras dizendo assim: Se um dia fores embora, me leve junto, pois não sei viver em um mundo onde não existas. Já meu pai, se fez ausente, de corpo, a minha infância inteira, culpa da profissão, mas a cada viagem sempre me deixou claro que levava só parte do coração a parte necessária para viver, pois todo o resto dele ele deixava aqui comigo, me protegendo por orações e me amando sempre, e a cada chegada era um alívio para ambos, nunca fora muita coisa dita entre nós dois, mas sentimentos ternos e incrivelmente fortes, foram sentidos, sempre. E meu irmão, como o próprio gosta de dizer, meu pai substituto, na ausência do matriz, vem tu, excessivamente protetor tanto que foi motivos de várias das nossas "tipicas" brigas de irmãos, mas sempre me salvando, sempre de certa forma me ajudando e só tu sabe como, e mesmo depois de tudo que já havia me dado, sempre mais do que recebera em troca, tanto materialmente falando como qualquer outra coisa, me deu duas coisas essenciais na vida, mais valiosas que qualquer outro presente que já havia me dado, minha cunhada, que de certa forma divide com ele o posto de irmão mais velho e se fez tão irmã quanto, e recentemente me deram os dois juntos o bem mais raro da vida, Bernardo. Faço questão de citá-lo assim, sem papas na língua pois é a união de tantos sentimentos, de tantas pessoas, de tanto amor e foi um sonho realizado de tanta gente.. Bernardo, é realização, satisfação.. é amor.
Depois de tanto expressionismo ou sentimentalismo, chame como quiser, será que é possível entender quando eu falo de noite, para mim não é a melhor definição para VIVER? Não vou bancar a santa, ou nem mesmo a moça de família, é claro que vou pra noite, hoje muito menos do que já fui, mas é porque vi que a vida é muito mais e vai além de todas as vodkas tomadas, todos os beijos em vão e todos amores adolescentes. Isso são acréscimos que, se tem, tem. Se me falta, sei que tenho muito mais para suprir qualquer ausência. Entenda, que o amor que nos mantém vivos é muito mais que a chamada combinação, que qualquer "curtida" ou "night".
Fica por fim meu objetivo inicial, apenas ame sua família, ame a sua segunda família, que chamamos de amigos. Tente sempre olhar em volta, olhe para aqueles que fazem questão da tua presença no mundo a cada nascer do sol e para aqueles que tu buscaria o sol para dar, aqueles que o afeto seja sempre recíproco. E consiga que isso te domine de, que te encha de luz e paz, que te encha de vida.


*Imagem em homenagem a uma artista que admiro muito, Tarsila do Amaral.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Tantos sentimentos, pouca inspiração

E aí se faz o que?
Coração cheio. Mente lotada. Palavras na ponta dos dedos? Poucas.
Insuficientes para encher uma postagem.
Tão pobre de idéias; tão rica de momentos e acontecimentos.
Querer eu quero, mas não é por mal, falta-me mesmo inspiração.
Só juro.. Está tudo se apaziguando, após a 3ª Guerra Mudial na minha vida
Me parece que a bandeira branca da paz acenou para mim.
E a vida deu aquele giro meia lua, 180º.
Ainda bem, pois se fosse 360º tudo voltaria pro mesmo lugar.
É, falta inspiração.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

E tem sido ótimo, começar de novo


Só de grandes emoções. Na falta de grandes impactos. Simplesmente, tentei, abstrair todas as coisas, e algumas pessoas do mundo. E o mundo acabou me abstraindo um pouco. Aproveitei o julho, famoso mês das férias de inverno, para executar tudo o que eu queria, férias. Não só dos estudos, acima de tudo, férias dos meus sentimentos, que por ora andavam um tanto quanto confusos. Quer melhor receita para colocar tudo em ordem do que um pouco de solidão, um bucado de músicas, um tanto de filmes, e muitos dias frios e chuvosos de baixo do edredom, descansando mente e coração, cansados e sofridos, que vem lutando a meses e só ganha, derrotas.
No meio de tudo isso, até uma pequena e purificante viagem, só pra finalizar com a bendita chave de ouro. E preparar para voltar, renovada, com as energias em alta, coração intacto, mente equilibrada e força restaurada. Assim se fez. Assim, está sendo feito. Passo a passo do que escrevi, fiz. Além de tudo isso também planejei um pouco. Vejamos bem, planejei, não esperei. Não "almejei" nada não. Na verdade, planejei não almejar mais nada, planejei viver mais, esperar menos. Um díficil execução, um grande clichê. Mas dá certo. Já deu. Nada que uma renovação na hora certa não faça.
Ao voltar ao habbitat natural, inevitável não perceber a grandiosa mudança. Claro, pros conhecidos, nada de mais. Agora pra "Myself", um turbilhão de novas coisas. Novos gestos, palavras e atitudes. Pequenos detalhes, que fazem toda a diferença. Tanto quis, que fiquei, literalmente, mais serena. Porém de nada adiantava falar ou achar, tinha que pôr à prova. E fiz. Fui ao grande desafio, ao meu teste de equilibrio e de tranquilidade. Primeiro, bons amigos, alguma pouca bebida, nada que tirasse o foco, nada que disvirtuasse o planejado. E então, me arrumei, como a muito tempo não me arrumava. Me arrumei, para mim. Me diverti com os, MEUS amigos. Sem o diabinho ficar martelando na minha cabeças as nóias de antes, "eles não são teus amigos, não pertences a esse mundo". Que nada, os senti mais meus, do que nunca. Eu ri, como a tempos não fazia. E desci aquelas escadas como se tivesse indo pela primeira vez, para um lugar diferente, ver pessoas diferentes e sem esperar nada.
Fui então com a alma leve e limpa. E isso é bom, indico. E ocorreu tudo bem, como se os botões "reset" e "start", tivessem sido apertados, respectivamente. Um novo começo, no mesmo jogo. Uma chance nova de fazer diferente. De dar rumos diferentes, para a mesma história. Auto-analiso, e vejo que fui bem.. Comecei bem. E faço então desse início chuvoso de agosto, uma nova revitalização, me preparando para próxima, cada dia mais. Fazendo de cada dia uma chance, de cada atitude, de cada gesto, novas oportunidades. E eu sei que vai dar certo. E vou repetindo então, como um mantra.. Não precisa ter pressa, vamos viver um dia de cada vez, e cada noite como se fosse a primeira vez, até dar certo, porque vai dar tudo certo na nossa vida. Tem que dar.

sábado, 16 de julho de 2011

Dear Juliet


Querida Julieta, esta história teve inicio há 7 meses. Alguém, no qual eu já conhecia à algum tempo, quer dizer, falava com ele raramente, éramos conhecidos, um do outro. Eu o achava um cara com todas as qualidades que qualquer mulher precisa. Desde atencioso à carinhoso. Sempre sorridente e de bom humor. Eu de certa forma já era encantada por ele, só não sabia. Eis então que chega dezembro de 2010, eu estava saindo de uma complicada paixão, e tudo o que eu queria era "conhecer", alguém diferente. Alguém que desse valor ao que eu era capaz de sentir. Foi então que ele se revelou. Tanto tempo convivendo e vendo-o e ali estava ele dizendo todas aquelas coisas que deixariam qualquer uma em choque, como eu fiquei. E conforme se passaram as semanas, íamos nos vendo quando o destino queria, e ele só dando provas de que tudo que dissera era realmente verdade. Algumas atitudes no meio do caminho contraditórias, mas não se envergonha de atos na frente de todos que provava o que ele havia me dito. Quando eu percebi, eu estava apaixonada. Por tudo isso que ele me fazia. Por esse bem. Por me fazer sentir especial pela primeira vez na vida. Poucos meses depois, veio o que iria acabar com tudo isso. Ele voltou a se envolver com a ex-namorada e nada nunca mais voltou a ser o que era. Ele foi se transformando em tudo ao contrário do que eu sempre achei que fosse. E tudo o que ele havia dito e feito, foram parecendo cada vez mais falso e distante. Chegamos a um ponto em que não deu mais pra enrolar. E então, um amigo, de ambos, me confessou: "Esquece ele. Ele não te merece". E foi como um soco no estômago. Um amigo dele, dizendo isso. Eu que sempre fui tomada por esperança, vi a coisa mais bonita que já me aconteceu sendo tirada de mim na mesma intensidade. E a função de esquece-lo, tornou-se obrigatória. Só não imaginei que seria tão difícil. Está me matando. Eu tenho que esquece-lo. Eu achei que não gostasse tanto dele assim, mas pelo tamanho da dor. Pelo tamanho do luto, que não há o que faça eu tirar, eu tenho que admitir, eu o adorava de uma intensidade e em uma proporção que eu nem imaginava. Não tenho mais nem direito de ter esperança. Depois das palavras que se resumem em "the end" do nosso amigo, tenho que seguir a risca o que ele falou e esquece-lo. E eu tento, tento todos os dias fazer mais de mil coisas para manter a cabeça e o consciente ocupados e não pensar nenhum minuto sequer nele, mas parece que quanto mais tempo se passa, mas difícil fica. E por um segundo posso está ótima, revigorada e pronta pra outra, mas é só surgir qualquer mínimo detalhe relacionado a ele que é como uma rasteira nas pernas, eu desabo. E choro, choro como agora a pouco estava chorando ao ver o filme "Cartas para Julieta", onde arranjei coragem para vir através desde meio compartilhar o que está mais do que sufocado aqui dentro a dias. É que entenda, por fora, pro mundo e pra ele, principalmente, tenho que ser o oposto de tudo isso. Sentir, não pode ser cogitado. Tenho que parecer uma alma que vaga sem coração e sem sentimentos, muito menos sem sentimentos de dor, ou de amor. Isso cansa. Isso é uma tarefa que por mais que pareça fácil para quem está de fora, é extramente difícil para quem está dentro. Literalmente, dentro. E não consegue sair. E o que mais me prende é que por mais que ele tenha feito coisas que leva um homem, homem que nem ele, homem do grupo dele, me dizer que ele não me merece, eu ainda lembro de dezembro. Ainda lembro daquele final de 2010. Onde eu me sentia a pessoa mais contemplada daquele bar. E não é pelo reconhecimento que ele carrega com sí. Era porque o real de homem perfeito que eu imaginava estava ali na minha frente me dizendo todas aquelas coisas lindas, e lembro de todas as semanas em que na frente de quem fosse me fazia subir ao pedestal do time dos encantados, com todos aqueles atos de carinho e atenção. E lembro mais ainda, das músicas dedicadas, cantadas olhando olho no olho. Essas são as que mais dói. Porque eu realmente olhava lá dentro da bolinha do olho e parecia tão sincero. Enfim, querida Julieta, eu só precisava admitir minha fraqueza e o quão doloroso está sendo pra mim. Deixa-lo para trás. Arrancar da minha vida uma das coisas mais bonitas, e ao mesmo tempo tão monstruosa que já me aconteceu. Não espero reencontra-lo daqui 50 anos como Claire e Lorenzo, só queria que fosse como Charlie e Sophie, que o improvável se tornasse real. E que acontecesse como na cena em que Charlie vai atrás de Sophie. Quando tudo parece que não tem mais a mínima possibilidade de acontecer. Quando se vê e se sabe que a pessoa não merece, na verdade tudo não passa de um mal entendido, porque ambas não se falaram e não contaram uma para outra o que realmente estão sentindo depois de toda as nuvens e tempestades. Mas Julieta, eu como já havia dito, não tenho chão e nem base para apoiar se quer uma gota de esperança. É bom poder escrever, sem ter o menor intuito que alguém leia, mas só para poder representar de alguma forma tudo que tem que ficar calado e que sufoca aqui dentro. Com todo amor, Alice.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Doce, com composição amarga


Em uma vida onde turbilhões de emoções, situações, pessoas e desilusões passam por aqui, me tiram a sintonia comigo mesma sem conseguir esclarecer tudo o que se passa, não escrevo. Vou aprendendo cada vez mais a por pra fora, de outras maneiras, as vezes, banais. As vezes, exagerada. Exagerada, sou.
Não foi por falta de história que essas mãos não digitavam mais aqui. Foi por falta de coragem, por falta de atitude. Eu simplesmente só pedia a Deus para esquecer tudo que acontecerá e lembrar só das coisas boas, dos amigos que a mim vieram e dos momentos de risos que me acrescentaram dias mais felizes. Mas, como se essas coisas andam tão juntas, tão próximas que não consigo separa-las. Uma pena.
Certo dia depois de muito vai-e-vem, um amigo me diz o que a sete meses atrás não devia nem ter acontecido. Vindo de quem veio a frase soou trágica, mesmo. Tipo ópera, ou algum filme com muito drama. Até mesmo novela mexicana. Algo desesperador, de perder três sentidos fundamentais: visão, audição e fala. Estaqueada na frente do computador sem saber onde se enfiar, um único pensamento: Pra onde eu vou agora? O que eu faço? Meus amigos, ainda serão meus amigos? E quando eu passar por ele na rua?! Pensamentos mil, em menos de cinco minutos me deixaram tonta. A primeira reação que tive, ligar para esse meu amigo, sem conseguir falar muito, chorava e tentava tirar as mil e uma dúvidas que ali estavam me deixando louca. Ele, por ser quem é, calmo, reservado e educado, não disse muita coisa. Mas me falou tudo, o que eu precisava para encerrar mais um capitulo da minha história, este porém, cheio de mentiras, ilusões e enganações. Horrível.
Quando se dá de cara com uma verdade dessas, olha-se para trás e quando se vê que tudo o que passou, tudo que se falou e foi feito, tudo mentira, eis que surge o desespero. Eis que surge a falta de fé no mundo. Porque se a pessoa que te pareceu mais verdadeira, carinhosa, humilde, sem maldade nenhuma, era na verdade o vilão da novela, em quem mais vou conseguir acreditar? Se é que vou voltar a acreditar em algum "bom rapaz" de novo. Sei que por um lado isso é ótimo, me deixa forte, cada vez mais tipo pedro. Sem deixar me enganar. Mas e se.. E se eu não quiser nem me apaixonar de novo? E se essa fonte toda de amor que eu sou, secou? Seria triste.
Falo e repito, às amigas, à minha mãe, que aliás, foi a primeira que procurei para abraçar e chorar tudo o que tinha para chorar, digo para todas elas, não é amor. Não o amo, sei que amar é bem mais forte que isso. Não sei nem se é paixão. O sentimento enfim, não é do mais fortes. Mas então porque tanta mágoa e desilusão? Porque foi o primeiro a me fazer sentir no mínimo, adorada, querida. Isso, fez direitinho o papel de um bom vilão só querendo tirar onda com a pobre ingênua, me fez sentir que tinha alguém extremamente especial, que me queria, me queria bem. E todos os adjetivos ditos, eram músicas pro meus ouvidos, e por falar em música, quer dizer, não é nem bom falar em músicas para não lembrar de quantas mil vou demorar para ouvir de novo se não quiser que a tristeza me bata ao lembrar da tua voz, enquanto estavas la em cima, e muitas vezes olhando para mim. É de enlouquecer, lembrar de todos teus gestos e atitudes na frente de quem fosse,e concluir: tudo mentira. É de se sentir a mais tapada do universo, como me deixei enganar? Como pude? Mas não teve como evitar, fizesse muito bem o teu papel, tanto que não foi só eu quem acreditou, e é por isso todo esse aprisionamento à ti, mulher quando se sente especial, quando a colocam no pedestal, entrega-se, sem pensar aonde está se atirando, se é em um colo real ou em abraços de alguém que vai sair correndo quando eu cair.
Hoje em dia, depois da frase com três palavras fatais, que nosso amigo me disse, não dá mais pra pensar em te ver de novo, em falar contigo de novo. Se aturo as tuas atualizações nas redes sociais é por esse mesmo, me disse o que é bem certo, não tenho que te excluir da minha vida, tenho que aprender a conviver contigo, sem te querer, sem querer ficar contigo, se nunca mais te vejo, não sei como vai ser quando te ver de novo, e se tudo volta? É mais fácil assim, conviver e aprendendo. Não sei o que se passa aí, por algo aconteceu para o que me foi dito, ser me dito. Então, vou vivendo e cheia de desconfianças, porque parabéns, além de alcançar a tua meta e zoar com a minha cara, deixasse essa guria que só pensava em curtir a juventude sem se prender a ninguém, uma estranha pra si mesma, insegura e sem mais desejos de grandes amores. Mas é assim, a vida vem, e nos joga um balde de água frio nesse inverno congelante, que é para aprendermos a sobreviver as mais difíceis situações e no futuro quando a novela for bem mais séria, saibamos distinguir logo de cara, vilão ou mocinho. A vida nos tira a inocência, mas no dá a esperteza. Hoje em dia só procuro o Carpe Diem, ele vale a pena. Sempre.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Bom samaritano


E a famosa sensação "soco no estômago". Eu senti. E ela se tornou constante. Não me largou mais, desde o infeliz, mas, nescessário momento. Ver vocês dois juntos era tudo que eu queria e ao mesmo tempo temia, todos os dias da minha rotina. Encontro inesperado com o tal casal 20, eu sabia que iria acontecer, e quando eu menos esperasse. E assim foi feito. Na primeira das vezes nem te reconheci no imediato, fiquei observando. Na verdade ali de longe eu não sei se pensava: "Não é ele" ou "Eu não quero que seja ele". Me questiono. E por fim vejo que, não é que eu já não te conheça mais, e sim, eu nunca te conheci. Nunca soube quem tu eras realmente. Frio e calculista. Isso é o mais perto, que hoje, eu suponho que tu sejas.
Quando passei ali, nas tuas costas, no meio do tumulto, despercebida por ti, lá veio ele: o soco, logo em seguida senti o estômago, aquela famosa vontade de colocar os bofes para fora. E mais imediato ainda me veio o auto-reflexo, a vontade monstruosa de revidar o soco bem no meio da tua cara. Apaiziguado como sempre, pagando de bom moço para a socidade, para mim e para ela.
Sai dali me perguntando porque a vida é tão boa contigo. Amigos, sucesso, duas carreiras importantes, reconhecimento e tudo mais. E além de tudo isso, te livra das situações, como o constragimento que seria se tivéssemos batido de cara. Nós três. Como já dizia a música que tu fazia questão de falar que não, que éramos dois, nós dois. Falso, falador.
Fiquei desolada, por isso. Por tu não ter ficado na situação pela qual devias passar e mais uma vez a vida muito bondosa contigo, não fez. E eu sai dali desejando que de costas virada pra ti, me visse e aquilo te atormentasse a conciência. Te tirasse a noite de sono tranquila ao lado da tua então (e sempre) namorada. Eu sei que as probabilidades disso acontecer são, mínimas. Para não dizer, zero.
Enfim, por essa vez já articulava mil planos de vingança. Terríveis pensamentos me surgiram. E ao lado de uma amiga, não me aguentei e falei: "O bom samaritano da semana retrassada, que fez aquela cara de bobo querido brincando com a nossa cadelinha e frizando "Quando tu fores minha namorada", pois é, esse bom moço estava ali na outra banca, com a real namorada". Pensamento único: é louco. Engana uma, difama a outra. Louco. Sabotador. Lobo em pele de cordeiro.
Me angustia sentir pela pobre coitada, ao teu lado, PENA. O pior dos sentimentos, juro que não queria, mas sinto. Pobre coitada que na tua boca passa por "Ex-histérica querendo voltar". E na frente dela a namorada perfeita, apresentada para família, escondida dos amigos. Renegada pro mundo, sociedade. Por falar nisso, o domingo não deu trégua. Por mais que tu resida lá. Achei que a praia seria um bom lugar para abstrair a má cena de sabádo, mas não. Passará alguns minutos e dou de cara com quem. Olha lá o bom samaritano, que paga de camarada legal para todo mundo, juntamente com a sua, inocente, namorada e quem mais junto: a família, dele. Ali, naquele instante, reconhecendo o carro com o urso, provavelmente dado por ela, pendurado no espelho, e o adesivo no vidro trasseiro, levei não só um soco. Mas também, pontapé, rasteira e tudo que possa gerar uma dor que foi, do dedo dos pés até o último centímetro do neurônio.
Um turmbilhão de sensações escoaram por mim. Sem saber o que pensar o único pensamento visível era, mandar parar o carro, descer e te dar um chute nas costas, para ver se tu sentia um pouco da dor que eu senti. Mas não se gabe, não pensa que os cincos meses que passaste me enrolando e contando fábulas fizeram eu morrer amores por ti. Toda essa dor, toda essa raiva monstruosa que fiquei, era pela piores das atitudes e idéia que tivesse, como me disse minha cunhada que estava ao lado: "Subestimou tua inteligência". Isso eu não adimito. Quer falar, enrolar, enganar. Faça o que quiser. Mas saiba fazer. Faça direito. só não venha esfregar a tua mulher na minha cara e dizer que ela estava ali porque ela é uma louca, uma histérica. Que tu não quer mais nada com ela. E pior, que ela PRECISA, de ti. Não me subestima.
Tudo isso que fizesse e falasse só contribuiram para uma coisa, eu vou. Mas eu volto. Que agora deve estar rindo, imaginando o quão burra e tapada eu fui de te esperar por cinco meses e acreditar em todas as tuas falsas atitudes. Ou pior, nem estas pensando. Nem lembras que eu existo e que talvez não esteja nem aí se eu vi ou não vocês juntos. Só pensas no belo dia dos namorados que esta por vir, e que talvez venha me atingir imaginando tu, mais uma vez se dando bem e feliz. Mas eu te digo. Não te conheço. Personalidade, pra mim, não tens. Mas uma coisa tua, eu conheço e muito bem: Teu ponto fraco. Aquele, que vai fazer tu sentires todas as minhas dores e sensações, e sem nem mexer a mão te farei sentir um soco bem no meio das tuas fuças. Pode estar tirando de mim os amigos que me apresentaste e eu amei logo de cara, a festa que eu mais gosto, as músicas que eu adoro. Sim, vou evitando tudo que tenha tu no meio ou tua voz e presença. Mas isso é pra que quando eu voltar tu reconheça o quão mesquinho foi e quem sabe aprenda, não existe menino de 24 anos. Vire homem. Não que isso me interesse mais. Mas para que o mundo não precise mais lhe dar com garotos primários, como tu.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Não namorável

Não namorável - De Camila Paier, e que impressionantemente parece, feito para mim. Leiam e entendam.

terça-feira, 24 de maio de 2011

A outra face




Belo. Charmoso. Másculo. Firme e forte. Sedutor, um homem. E não só com o H mas com todas as letras maiúsculas. Tudo isso e muito mais, foi a tua versão de hoje, nova pra mim, mas adorável.
Quer dizer, adorável para quem não conhece o outro lado da moeda. O carinhoso, simpático. Indefeso. Sempre com o mais apaziguado humor. Enfim, o lado da moeda que me conquistou... Me arrebatou!
Essa pose toda, o ar e postura de um líder, poderia deslumbrar várias outras, que não fossem eu. E arrancar suspiros de várias que gostam do tão sonhado e almejado lado. O lado homem.
Não é de hoje que me denomino, contraditória. Sei que em vários desabafos peço o homem que existe em ti. Que não aguento mais esse "teu jeito de ser". Mas hoje eu tive a concreta certeza. É esse aí, o meninão, que me encanta, me assanha, me arranca sorrisos e suspiros.
E mediante a toda a cena, te ver estaqueado, de verde-oliva, rosto sério e atitudes de um verdadeiro espada. Algo me roubava para ti, mas não era nada disso. Era simplesmente quando tu parava de ser corôa, e passava a ser um pouco mais cara. Deixa teu posto de líder e se deixava levar pelo teu melhor lado. O que se virava e me olhava com os olhos de menino, esse que me ganha e me tem, e que me faz perguntar mil vezes o que eu vi ali, em ti.
Então chega a melhor parte da minha manhã, depois de minutos te observando, vai até teu carro e finalmente vem, e eu tento manter o controle, e boa pose. Aquele charme de sempre, necessidade de parecer, difícil, durona. Mas , vem junto contigo o teu lado que é o meu. Meu preferido. Me chama e sorri, e nesse sorriso vejo mil respostas para a minha pergunta. Me acalma e alimenta a alma. Seja sempre cara. Vez enquando, pelo charme, tua face corôa.

sábado, 21 de maio de 2011

É preciso distinguir

Eu acho realmente que devo desencanar,
mas não me afastar, como dizem.
Uma coisa não tem nada a ver com a outra
quando se é bem feita.
É tudo uma questão de saber distingui-las.
Então, mil desculpas por decepciona-los amigos
que gostariam que eu tomasse essa atitude.
Mas eu não vou sumir da vida dele,
porque antes de existir no meu coração,
ele fazia parte da minha vida e
me acrescentou
detalhes fundamentais,
os quais eu já não vivo mais sem: Amizades.
Disso eu não abro mão, por nada.