All rights reserved ©

Todo o conteúdo deste blog (sem créditos acrescentados ao final) são de minha autoria. Respeite, por favor.
counter free

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Doce, com composição amarga


Em uma vida onde turbilhões de emoções, situações, pessoas e desilusões passam por aqui, me tiram a sintonia comigo mesma sem conseguir esclarecer tudo o que se passa, não escrevo. Vou aprendendo cada vez mais a por pra fora, de outras maneiras, as vezes, banais. As vezes, exagerada. Exagerada, sou.
Não foi por falta de história que essas mãos não digitavam mais aqui. Foi por falta de coragem, por falta de atitude. Eu simplesmente só pedia a Deus para esquecer tudo que acontecerá e lembrar só das coisas boas, dos amigos que a mim vieram e dos momentos de risos que me acrescentaram dias mais felizes. Mas, como se essas coisas andam tão juntas, tão próximas que não consigo separa-las. Uma pena.
Certo dia depois de muito vai-e-vem, um amigo me diz o que a sete meses atrás não devia nem ter acontecido. Vindo de quem veio a frase soou trágica, mesmo. Tipo ópera, ou algum filme com muito drama. Até mesmo novela mexicana. Algo desesperador, de perder três sentidos fundamentais: visão, audição e fala. Estaqueada na frente do computador sem saber onde se enfiar, um único pensamento: Pra onde eu vou agora? O que eu faço? Meus amigos, ainda serão meus amigos? E quando eu passar por ele na rua?! Pensamentos mil, em menos de cinco minutos me deixaram tonta. A primeira reação que tive, ligar para esse meu amigo, sem conseguir falar muito, chorava e tentava tirar as mil e uma dúvidas que ali estavam me deixando louca. Ele, por ser quem é, calmo, reservado e educado, não disse muita coisa. Mas me falou tudo, o que eu precisava para encerrar mais um capitulo da minha história, este porém, cheio de mentiras, ilusões e enganações. Horrível.
Quando se dá de cara com uma verdade dessas, olha-se para trás e quando se vê que tudo o que passou, tudo que se falou e foi feito, tudo mentira, eis que surge o desespero. Eis que surge a falta de fé no mundo. Porque se a pessoa que te pareceu mais verdadeira, carinhosa, humilde, sem maldade nenhuma, era na verdade o vilão da novela, em quem mais vou conseguir acreditar? Se é que vou voltar a acreditar em algum "bom rapaz" de novo. Sei que por um lado isso é ótimo, me deixa forte, cada vez mais tipo pedro. Sem deixar me enganar. Mas e se.. E se eu não quiser nem me apaixonar de novo? E se essa fonte toda de amor que eu sou, secou? Seria triste.
Falo e repito, às amigas, à minha mãe, que aliás, foi a primeira que procurei para abraçar e chorar tudo o que tinha para chorar, digo para todas elas, não é amor. Não o amo, sei que amar é bem mais forte que isso. Não sei nem se é paixão. O sentimento enfim, não é do mais fortes. Mas então porque tanta mágoa e desilusão? Porque foi o primeiro a me fazer sentir no mínimo, adorada, querida. Isso, fez direitinho o papel de um bom vilão só querendo tirar onda com a pobre ingênua, me fez sentir que tinha alguém extremamente especial, que me queria, me queria bem. E todos os adjetivos ditos, eram músicas pro meus ouvidos, e por falar em música, quer dizer, não é nem bom falar em músicas para não lembrar de quantas mil vou demorar para ouvir de novo se não quiser que a tristeza me bata ao lembrar da tua voz, enquanto estavas la em cima, e muitas vezes olhando para mim. É de enlouquecer, lembrar de todos teus gestos e atitudes na frente de quem fosse,e concluir: tudo mentira. É de se sentir a mais tapada do universo, como me deixei enganar? Como pude? Mas não teve como evitar, fizesse muito bem o teu papel, tanto que não foi só eu quem acreditou, e é por isso todo esse aprisionamento à ti, mulher quando se sente especial, quando a colocam no pedestal, entrega-se, sem pensar aonde está se atirando, se é em um colo real ou em abraços de alguém que vai sair correndo quando eu cair.
Hoje em dia, depois da frase com três palavras fatais, que nosso amigo me disse, não dá mais pra pensar em te ver de novo, em falar contigo de novo. Se aturo as tuas atualizações nas redes sociais é por esse mesmo, me disse o que é bem certo, não tenho que te excluir da minha vida, tenho que aprender a conviver contigo, sem te querer, sem querer ficar contigo, se nunca mais te vejo, não sei como vai ser quando te ver de novo, e se tudo volta? É mais fácil assim, conviver e aprendendo. Não sei o que se passa aí, por algo aconteceu para o que me foi dito, ser me dito. Então, vou vivendo e cheia de desconfianças, porque parabéns, além de alcançar a tua meta e zoar com a minha cara, deixasse essa guria que só pensava em curtir a juventude sem se prender a ninguém, uma estranha pra si mesma, insegura e sem mais desejos de grandes amores. Mas é assim, a vida vem, e nos joga um balde de água frio nesse inverno congelante, que é para aprendermos a sobreviver as mais difíceis situações e no futuro quando a novela for bem mais séria, saibamos distinguir logo de cara, vilão ou mocinho. A vida nos tira a inocência, mas no dá a esperteza. Hoje em dia só procuro o Carpe Diem, ele vale a pena. Sempre.