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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Bom samaritano


E a famosa sensação "soco no estômago". Eu senti. E ela se tornou constante. Não me largou mais, desde o infeliz, mas, nescessário momento. Ver vocês dois juntos era tudo que eu queria e ao mesmo tempo temia, todos os dias da minha rotina. Encontro inesperado com o tal casal 20, eu sabia que iria acontecer, e quando eu menos esperasse. E assim foi feito. Na primeira das vezes nem te reconheci no imediato, fiquei observando. Na verdade ali de longe eu não sei se pensava: "Não é ele" ou "Eu não quero que seja ele". Me questiono. E por fim vejo que, não é que eu já não te conheça mais, e sim, eu nunca te conheci. Nunca soube quem tu eras realmente. Frio e calculista. Isso é o mais perto, que hoje, eu suponho que tu sejas.
Quando passei ali, nas tuas costas, no meio do tumulto, despercebida por ti, lá veio ele: o soco, logo em seguida senti o estômago, aquela famosa vontade de colocar os bofes para fora. E mais imediato ainda me veio o auto-reflexo, a vontade monstruosa de revidar o soco bem no meio da tua cara. Apaiziguado como sempre, pagando de bom moço para a socidade, para mim e para ela.
Sai dali me perguntando porque a vida é tão boa contigo. Amigos, sucesso, duas carreiras importantes, reconhecimento e tudo mais. E além de tudo isso, te livra das situações, como o constragimento que seria se tivéssemos batido de cara. Nós três. Como já dizia a música que tu fazia questão de falar que não, que éramos dois, nós dois. Falso, falador.
Fiquei desolada, por isso. Por tu não ter ficado na situação pela qual devias passar e mais uma vez a vida muito bondosa contigo, não fez. E eu sai dali desejando que de costas virada pra ti, me visse e aquilo te atormentasse a conciência. Te tirasse a noite de sono tranquila ao lado da tua então (e sempre) namorada. Eu sei que as probabilidades disso acontecer são, mínimas. Para não dizer, zero.
Enfim, por essa vez já articulava mil planos de vingança. Terríveis pensamentos me surgiram. E ao lado de uma amiga, não me aguentei e falei: "O bom samaritano da semana retrassada, que fez aquela cara de bobo querido brincando com a nossa cadelinha e frizando "Quando tu fores minha namorada", pois é, esse bom moço estava ali na outra banca, com a real namorada". Pensamento único: é louco. Engana uma, difama a outra. Louco. Sabotador. Lobo em pele de cordeiro.
Me angustia sentir pela pobre coitada, ao teu lado, PENA. O pior dos sentimentos, juro que não queria, mas sinto. Pobre coitada que na tua boca passa por "Ex-histérica querendo voltar". E na frente dela a namorada perfeita, apresentada para família, escondida dos amigos. Renegada pro mundo, sociedade. Por falar nisso, o domingo não deu trégua. Por mais que tu resida lá. Achei que a praia seria um bom lugar para abstrair a má cena de sabádo, mas não. Passará alguns minutos e dou de cara com quem. Olha lá o bom samaritano, que paga de camarada legal para todo mundo, juntamente com a sua, inocente, namorada e quem mais junto: a família, dele. Ali, naquele instante, reconhecendo o carro com o urso, provavelmente dado por ela, pendurado no espelho, e o adesivo no vidro trasseiro, levei não só um soco. Mas também, pontapé, rasteira e tudo que possa gerar uma dor que foi, do dedo dos pés até o último centímetro do neurônio.
Um turmbilhão de sensações escoaram por mim. Sem saber o que pensar o único pensamento visível era, mandar parar o carro, descer e te dar um chute nas costas, para ver se tu sentia um pouco da dor que eu senti. Mas não se gabe, não pensa que os cincos meses que passaste me enrolando e contando fábulas fizeram eu morrer amores por ti. Toda essa dor, toda essa raiva monstruosa que fiquei, era pela piores das atitudes e idéia que tivesse, como me disse minha cunhada que estava ao lado: "Subestimou tua inteligência". Isso eu não adimito. Quer falar, enrolar, enganar. Faça o que quiser. Mas saiba fazer. Faça direito. só não venha esfregar a tua mulher na minha cara e dizer que ela estava ali porque ela é uma louca, uma histérica. Que tu não quer mais nada com ela. E pior, que ela PRECISA, de ti. Não me subestima.
Tudo isso que fizesse e falasse só contribuiram para uma coisa, eu vou. Mas eu volto. Que agora deve estar rindo, imaginando o quão burra e tapada eu fui de te esperar por cinco meses e acreditar em todas as tuas falsas atitudes. Ou pior, nem estas pensando. Nem lembras que eu existo e que talvez não esteja nem aí se eu vi ou não vocês juntos. Só pensas no belo dia dos namorados que esta por vir, e que talvez venha me atingir imaginando tu, mais uma vez se dando bem e feliz. Mas eu te digo. Não te conheço. Personalidade, pra mim, não tens. Mas uma coisa tua, eu conheço e muito bem: Teu ponto fraco. Aquele, que vai fazer tu sentires todas as minhas dores e sensações, e sem nem mexer a mão te farei sentir um soco bem no meio das tuas fuças. Pode estar tirando de mim os amigos que me apresentaste e eu amei logo de cara, a festa que eu mais gosto, as músicas que eu adoro. Sim, vou evitando tudo que tenha tu no meio ou tua voz e presença. Mas isso é pra que quando eu voltar tu reconheça o quão mesquinho foi e quem sabe aprenda, não existe menino de 24 anos. Vire homem. Não que isso me interesse mais. Mas para que o mundo não precise mais lhe dar com garotos primários, como tu.