
Só de grandes emoções. Na falta de grandes impactos. Simplesmente, tentei, abstrair todas as coisas, e algumas pessoas do mundo. E o mundo acabou me abstraindo um pouco. Aproveitei o julho, famoso mês das férias de inverno, para executar tudo o que eu queria, férias. Não só dos estudos, acima de tudo, férias dos meus sentimentos, que por ora andavam um tanto quanto confusos. Quer melhor receita para colocar tudo em ordem do que um pouco de solidão, um bucado de músicas, um tanto de filmes, e muitos dias frios e chuvosos de baixo do edredom, descansando mente e coração, cansados e sofridos, que vem lutando a meses e só ganha, derrotas.
No meio de tudo isso, até uma pequena e purificante viagem, só pra finalizar com a bendita chave de ouro. E preparar para voltar, renovada, com as energias em alta, coração intacto, mente equilibrada e força restaurada. Assim se fez. Assim, está sendo feito. Passo a passo do que escrevi, fiz. Além de tudo isso também planejei um pouco. Vejamos bem, planejei, não esperei. Não "almejei" nada não. Na verdade, planejei não almejar mais nada, planejei viver mais, esperar menos. Um díficil execução, um grande clichê. Mas dá certo. Já deu. Nada que uma renovação na hora certa não faça.
Ao voltar ao habbitat natural, inevitável não perceber a grandiosa mudança. Claro, pros conhecidos, nada de mais. Agora pra "Myself", um turbilhão de novas coisas. Novos gestos, palavras e atitudes. Pequenos detalhes, que fazem toda a diferença. Tanto quis, que fiquei, literalmente, mais serena. Porém de nada adiantava falar ou achar, tinha que pôr à prova. E fiz. Fui ao grande desafio, ao meu teste de equilibrio e de tranquilidade. Primeiro, bons amigos, alguma pouca bebida, nada que tirasse o foco, nada que disvirtuasse o planejado. E então, me arrumei, como a muito tempo não me arrumava. Me arrumei, para mim. Me diverti com os, MEUS amigos. Sem o diabinho ficar martelando na minha cabeças as nóias de antes, "eles não são teus amigos, não pertences a esse mundo". Que nada, os senti mais meus, do que nunca. Eu ri, como a tempos não fazia. E desci aquelas escadas como se tivesse indo pela primeira vez, para um lugar diferente, ver pessoas diferentes e sem esperar nada.
Fui então com a alma leve e limpa. E isso é bom, indico. E ocorreu tudo bem, como se os botões "reset" e "start", tivessem sido apertados, respectivamente. Um novo começo, no mesmo jogo. Uma chance nova de fazer diferente. De dar rumos diferentes, para a mesma história. Auto-analiso, e vejo que fui bem.. Comecei bem. E faço então desse início chuvoso de agosto, uma nova revitalização, me preparando para próxima, cada dia mais. Fazendo de cada dia uma chance, de cada atitude, de cada gesto, novas oportunidades. E eu sei que vai dar certo. E vou repetindo então, como um mantra.. Não precisa ter pressa, vamos viver um dia de cada vez, e cada noite como se fosse a primeira vez, até dar certo, porque vai dar tudo certo na nossa vida. Tem que dar.