
Me pergunto inúmeras vezes, durante semanas, as vezes até insisto em querer descobrir. Descobrir o meu mistério: Porque tão sensível me fiz? Penso e quebro a cabeça pensando, chego a conclusão que me foi predestinado ser assim, pois sempre sou a romântica incorrigível da turma, da galera a mais chorona, a do cinema aquela que adora uma boa comédia romântica, a dos relacionamentos, qualquer que seja ele, sempre a que sofre mais, se machuca e se ofende mais. E me pergunto sempre, porque?
Dou muito valor ao que as pessoas que de fato eu amo, ou considero indispensáveis ao meu redor falam. E me magoo a cada não, a cada fim, a cada plano desfeito, a cada para sempre acabado. Sou composta de todos esses turbilhões de emoções que fazem de mim trinta dias por mês, intensificadamente no período chamado tpm, uma guria tipicamente saída dos melodramas mais "melosos". Que tem o mundo desmoronado por uma desavença, uma discussão, por mais boba que seja.
Frágil, me pergunto. Será que sou? É tudo meio contraditório, pois já passei por mal bucados, enfrentei-os, geralmente venço meus obstáculos. Mas é aí que está, até chegar a vitória, suo feio a camisa, sofro demais, me agonio sempre. As pessoas sabem exatamente como fazer isso comigo. Geralmente meu ponto fraco é descoberto logo assim, de cara. Tem pessoas que parecem fazer questão de usá-lo contra mim. Não sei se é querer chamar a minha atenção, não sei se a intenção é magoar, ou aquela coisa de querer ver a louca aqui atacar, a brava. O que mal sabem, muitas vezes, é que por trás da muralha que briga, faz cara feia e corta relações para sempre, tem o meu eu verdadeiro.
Lágrimas que rasgam por dentro me tomam conta. Sei que o certo é pensar que quem estar perdendo é o idiota que fez por onde, mas sofro tanto. Me magoa tanto a indiferença, o tanto faz de algumas pessoas. Até mesmo o talvez, isso me angustia por horas. Por dias. Mas parece que tem gente que realmente não se importa. Sei que nesse caso, eu também não deveria estar nem aí, e fazer a linha do tanto faz, tanto fez, mas me desculpe armadura de durona, eu me importo.
Me afeta brigas com qualquer uma das pessoas que me completam, que enchem meus dias de alegrias, de risos, de conversas fiadas. Que me enchem de carinho, cada um da sua maneira, mas enchem. Que elevam meu astral, quando tudo está em harmonia. Mas e quando desarmoniza? Ah.. aí vêm o que não deveria vir. Pecado ou não sinto falta, meu pecado é esse sentir. Sinto de mais, intensamente de mais, profundamente de mais. Sou feita por sentimentos que me dominam impulsivamente, me perdoem se a cada partida gostaria de vestir, se me importar com o que vai parecer, uma camisa escrito: don't leave me ou até mesmo: don't loose me . Mas isso não pode ser dito, nem transparecido. Tenho que manter sempre escondido atrás do forte escudo que me imponho montar quando algo parecido acontece. Isso ajuda? Não sei, é simplesmente necessário.