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sábado, 16 de julho de 2011

Dear Juliet


Querida Julieta, esta história teve inicio há 7 meses. Alguém, no qual eu já conhecia à algum tempo, quer dizer, falava com ele raramente, éramos conhecidos, um do outro. Eu o achava um cara com todas as qualidades que qualquer mulher precisa. Desde atencioso à carinhoso. Sempre sorridente e de bom humor. Eu de certa forma já era encantada por ele, só não sabia. Eis então que chega dezembro de 2010, eu estava saindo de uma complicada paixão, e tudo o que eu queria era "conhecer", alguém diferente. Alguém que desse valor ao que eu era capaz de sentir. Foi então que ele se revelou. Tanto tempo convivendo e vendo-o e ali estava ele dizendo todas aquelas coisas que deixariam qualquer uma em choque, como eu fiquei. E conforme se passaram as semanas, íamos nos vendo quando o destino queria, e ele só dando provas de que tudo que dissera era realmente verdade. Algumas atitudes no meio do caminho contraditórias, mas não se envergonha de atos na frente de todos que provava o que ele havia me dito. Quando eu percebi, eu estava apaixonada. Por tudo isso que ele me fazia. Por esse bem. Por me fazer sentir especial pela primeira vez na vida. Poucos meses depois, veio o que iria acabar com tudo isso. Ele voltou a se envolver com a ex-namorada e nada nunca mais voltou a ser o que era. Ele foi se transformando em tudo ao contrário do que eu sempre achei que fosse. E tudo o que ele havia dito e feito, foram parecendo cada vez mais falso e distante. Chegamos a um ponto em que não deu mais pra enrolar. E então, um amigo, de ambos, me confessou: "Esquece ele. Ele não te merece". E foi como um soco no estômago. Um amigo dele, dizendo isso. Eu que sempre fui tomada por esperança, vi a coisa mais bonita que já me aconteceu sendo tirada de mim na mesma intensidade. E a função de esquece-lo, tornou-se obrigatória. Só não imaginei que seria tão difícil. Está me matando. Eu tenho que esquece-lo. Eu achei que não gostasse tanto dele assim, mas pelo tamanho da dor. Pelo tamanho do luto, que não há o que faça eu tirar, eu tenho que admitir, eu o adorava de uma intensidade e em uma proporção que eu nem imaginava. Não tenho mais nem direito de ter esperança. Depois das palavras que se resumem em "the end" do nosso amigo, tenho que seguir a risca o que ele falou e esquece-lo. E eu tento, tento todos os dias fazer mais de mil coisas para manter a cabeça e o consciente ocupados e não pensar nenhum minuto sequer nele, mas parece que quanto mais tempo se passa, mas difícil fica. E por um segundo posso está ótima, revigorada e pronta pra outra, mas é só surgir qualquer mínimo detalhe relacionado a ele que é como uma rasteira nas pernas, eu desabo. E choro, choro como agora a pouco estava chorando ao ver o filme "Cartas para Julieta", onde arranjei coragem para vir através desde meio compartilhar o que está mais do que sufocado aqui dentro a dias. É que entenda, por fora, pro mundo e pra ele, principalmente, tenho que ser o oposto de tudo isso. Sentir, não pode ser cogitado. Tenho que parecer uma alma que vaga sem coração e sem sentimentos, muito menos sem sentimentos de dor, ou de amor. Isso cansa. Isso é uma tarefa que por mais que pareça fácil para quem está de fora, é extramente difícil para quem está dentro. Literalmente, dentro. E não consegue sair. E o que mais me prende é que por mais que ele tenha feito coisas que leva um homem, homem que nem ele, homem do grupo dele, me dizer que ele não me merece, eu ainda lembro de dezembro. Ainda lembro daquele final de 2010. Onde eu me sentia a pessoa mais contemplada daquele bar. E não é pelo reconhecimento que ele carrega com sí. Era porque o real de homem perfeito que eu imaginava estava ali na minha frente me dizendo todas aquelas coisas lindas, e lembro de todas as semanas em que na frente de quem fosse me fazia subir ao pedestal do time dos encantados, com todos aqueles atos de carinho e atenção. E lembro mais ainda, das músicas dedicadas, cantadas olhando olho no olho. Essas são as que mais dói. Porque eu realmente olhava lá dentro da bolinha do olho e parecia tão sincero. Enfim, querida Julieta, eu só precisava admitir minha fraqueza e o quão doloroso está sendo pra mim. Deixa-lo para trás. Arrancar da minha vida uma das coisas mais bonitas, e ao mesmo tempo tão monstruosa que já me aconteceu. Não espero reencontra-lo daqui 50 anos como Claire e Lorenzo, só queria que fosse como Charlie e Sophie, que o improvável se tornasse real. E que acontecesse como na cena em que Charlie vai atrás de Sophie. Quando tudo parece que não tem mais a mínima possibilidade de acontecer. Quando se vê e se sabe que a pessoa não merece, na verdade tudo não passa de um mal entendido, porque ambas não se falaram e não contaram uma para outra o que realmente estão sentindo depois de toda as nuvens e tempestades. Mas Julieta, eu como já havia dito, não tenho chão e nem base para apoiar se quer uma gota de esperança. É bom poder escrever, sem ter o menor intuito que alguém leia, mas só para poder representar de alguma forma tudo que tem que ficar calado e que sufoca aqui dentro. Com todo amor, Alice.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Doce, com composição amarga


Em uma vida onde turbilhões de emoções, situações, pessoas e desilusões passam por aqui, me tiram a sintonia comigo mesma sem conseguir esclarecer tudo o que se passa, não escrevo. Vou aprendendo cada vez mais a por pra fora, de outras maneiras, as vezes, banais. As vezes, exagerada. Exagerada, sou.
Não foi por falta de história que essas mãos não digitavam mais aqui. Foi por falta de coragem, por falta de atitude. Eu simplesmente só pedia a Deus para esquecer tudo que acontecerá e lembrar só das coisas boas, dos amigos que a mim vieram e dos momentos de risos que me acrescentaram dias mais felizes. Mas, como se essas coisas andam tão juntas, tão próximas que não consigo separa-las. Uma pena.
Certo dia depois de muito vai-e-vem, um amigo me diz o que a sete meses atrás não devia nem ter acontecido. Vindo de quem veio a frase soou trágica, mesmo. Tipo ópera, ou algum filme com muito drama. Até mesmo novela mexicana. Algo desesperador, de perder três sentidos fundamentais: visão, audição e fala. Estaqueada na frente do computador sem saber onde se enfiar, um único pensamento: Pra onde eu vou agora? O que eu faço? Meus amigos, ainda serão meus amigos? E quando eu passar por ele na rua?! Pensamentos mil, em menos de cinco minutos me deixaram tonta. A primeira reação que tive, ligar para esse meu amigo, sem conseguir falar muito, chorava e tentava tirar as mil e uma dúvidas que ali estavam me deixando louca. Ele, por ser quem é, calmo, reservado e educado, não disse muita coisa. Mas me falou tudo, o que eu precisava para encerrar mais um capitulo da minha história, este porém, cheio de mentiras, ilusões e enganações. Horrível.
Quando se dá de cara com uma verdade dessas, olha-se para trás e quando se vê que tudo o que passou, tudo que se falou e foi feito, tudo mentira, eis que surge o desespero. Eis que surge a falta de fé no mundo. Porque se a pessoa que te pareceu mais verdadeira, carinhosa, humilde, sem maldade nenhuma, era na verdade o vilão da novela, em quem mais vou conseguir acreditar? Se é que vou voltar a acreditar em algum "bom rapaz" de novo. Sei que por um lado isso é ótimo, me deixa forte, cada vez mais tipo pedro. Sem deixar me enganar. Mas e se.. E se eu não quiser nem me apaixonar de novo? E se essa fonte toda de amor que eu sou, secou? Seria triste.
Falo e repito, às amigas, à minha mãe, que aliás, foi a primeira que procurei para abraçar e chorar tudo o que tinha para chorar, digo para todas elas, não é amor. Não o amo, sei que amar é bem mais forte que isso. Não sei nem se é paixão. O sentimento enfim, não é do mais fortes. Mas então porque tanta mágoa e desilusão? Porque foi o primeiro a me fazer sentir no mínimo, adorada, querida. Isso, fez direitinho o papel de um bom vilão só querendo tirar onda com a pobre ingênua, me fez sentir que tinha alguém extremamente especial, que me queria, me queria bem. E todos os adjetivos ditos, eram músicas pro meus ouvidos, e por falar em música, quer dizer, não é nem bom falar em músicas para não lembrar de quantas mil vou demorar para ouvir de novo se não quiser que a tristeza me bata ao lembrar da tua voz, enquanto estavas la em cima, e muitas vezes olhando para mim. É de enlouquecer, lembrar de todos teus gestos e atitudes na frente de quem fosse,e concluir: tudo mentira. É de se sentir a mais tapada do universo, como me deixei enganar? Como pude? Mas não teve como evitar, fizesse muito bem o teu papel, tanto que não foi só eu quem acreditou, e é por isso todo esse aprisionamento à ti, mulher quando se sente especial, quando a colocam no pedestal, entrega-se, sem pensar aonde está se atirando, se é em um colo real ou em abraços de alguém que vai sair correndo quando eu cair.
Hoje em dia, depois da frase com três palavras fatais, que nosso amigo me disse, não dá mais pra pensar em te ver de novo, em falar contigo de novo. Se aturo as tuas atualizações nas redes sociais é por esse mesmo, me disse o que é bem certo, não tenho que te excluir da minha vida, tenho que aprender a conviver contigo, sem te querer, sem querer ficar contigo, se nunca mais te vejo, não sei como vai ser quando te ver de novo, e se tudo volta? É mais fácil assim, conviver e aprendendo. Não sei o que se passa aí, por algo aconteceu para o que me foi dito, ser me dito. Então, vou vivendo e cheia de desconfianças, porque parabéns, além de alcançar a tua meta e zoar com a minha cara, deixasse essa guria que só pensava em curtir a juventude sem se prender a ninguém, uma estranha pra si mesma, insegura e sem mais desejos de grandes amores. Mas é assim, a vida vem, e nos joga um balde de água frio nesse inverno congelante, que é para aprendermos a sobreviver as mais difíceis situações e no futuro quando a novela for bem mais séria, saibamos distinguir logo de cara, vilão ou mocinho. A vida nos tira a inocência, mas no dá a esperteza. Hoje em dia só procuro o Carpe Diem, ele vale a pena. Sempre.