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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Atrás das cortinas, sentimentos


Me pergunto inúmeras vezes, durante semanas, as vezes até insisto em querer descobrir. Descobrir o meu mistério: Porque tão sensível me fiz? Penso e quebro a cabeça pensando, chego a conclusão que me foi predestinado ser assim, pois sempre sou a romântica incorrigível da turma, da galera a mais chorona, a do cinema aquela que adora uma boa comédia romântica, a dos relacionamentos, qualquer que seja ele, sempre a que sofre mais, se machuca e se ofende mais. E me pergunto sempre, porque?
Dou muito valor ao que as pessoas que de fato eu amo, ou considero indispensáveis ao meu redor falam. E me magoo a cada não, a cada fim, a cada plano desfeito, a cada para sempre acabado. Sou composta de todos esses turbilhões de emoções que fazem de mim trinta dias por mês, intensificadamente no período chamado tpm, uma guria tipicamente saída dos melodramas mais "melosos". Que tem o mundo desmoronado por uma desavença, uma discussão, por mais boba que seja.
Frágil, me pergunto. Será que sou? É tudo meio contraditório, pois já passei por mal bucados, enfrentei-os, geralmente venço meus obstáculos. Mas é aí que está, até chegar a vitória, suo feio a camisa, sofro demais, me agonio sempre. As pessoas sabem exatamente como fazer isso comigo. Geralmente meu ponto fraco é descoberto logo assim, de cara. Tem pessoas que parecem fazer questão de usá-lo contra mim. Não sei se é querer chamar a minha atenção, não sei se a intenção é magoar, ou aquela coisa de querer ver a louca aqui atacar, a brava. O que mal sabem, muitas vezes, é que por trás da muralha que briga, faz cara feia e corta relações para sempre, tem o meu eu verdadeiro.
Lágrimas que rasgam por dentro me tomam conta. Sei que o certo é pensar que quem estar perdendo é o idiota que fez por onde, mas sofro tanto. Me magoa tanto a indiferença, o tanto faz de algumas pessoas. Até mesmo o talvez, isso me angustia por horas. Por dias. Mas parece que tem gente que realmente não se importa. Sei que nesse caso, eu também não deveria estar nem aí, e fazer a linha do tanto faz, tanto fez, mas me desculpe armadura de durona, eu me importo.
Me afeta brigas com qualquer uma das pessoas que me completam, que enchem meus dias de alegrias, de risos, de conversas fiadas. Que me enchem de carinho, cada um da sua maneira, mas enchem. Que elevam meu astral, quando tudo está em harmonia. Mas e quando desarmoniza? Ah.. aí vêm o que não deveria vir. Pecado ou não sinto falta, meu pecado é esse sentir. Sinto de mais, intensamente de mais, profundamente de mais. Sou feita por sentimentos que me dominam impulsivamente, me perdoem se a cada partida gostaria de vestir, se me importar com o que vai parecer, uma camisa escrito: don't leave me ou até mesmo: don't loose me . Mas isso não pode ser dito, nem transparecido. Tenho que manter sempre escondido atrás do forte escudo que me imponho montar quando algo parecido acontece. Isso ajuda? Não sei, é simplesmente necessário.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Para viver, não basta estar vivo


Repentinamente a vontade de vir exercitar a ponta dos dedos. Afim de tirar o mofo das emoções, guardadas em memórias, lembranças e até mesmo no coração. Mas neste, só as que valem realmente a pena. Encerramento de um ciclo, conhecimento novo adquirido e muito assunto para expressar.
Tem sido difícil, confesso, me comunicar através de escrito. Já culpei a inspiração, já culpei a malandragem, porém hoje achei a verdadeira culpada, eu. Sozinha sem ajuda de mais ninguém me privei de reviver lembranças e desenterrar, o que com tanto sacrifício fora expulso, da minha vida pelo menos. Foi difícil e quando por fim consegui, me desliguei, mesmo. Certo ou errado, deu certo para mim. Ao mesmo tempo fui procurando outras emoções, vivenciar novos momentos e por sorte, achei. Pós época de desilusões e mágoas, me veio a paz. Chame como quiser, voltei a viver. Isso me define. Se por viver se entende sair, beijar na boca, badalar e beber muito, pois bem isso para mim, descobri que isso que contradiz com o que me faz sentir viva.
Voltar a viver para mim é conviver coisas, que assim como o ar oxigênio me mantém viva dia após dia, como minha família e meus amigos. Encontrei, ou melhor dizendo, reencontrei meu lugar, meu ponto de equilíbrio e de paz. Penso no bucado de coisas que havia parado de presenciar, no punhado de gente que tinha deixado de lado e o desenvolvimento de pessoinhas muito queridas. Ainda bem que voltei a viver.
Hoje em dia ao invés de carregar amigas para casa ou ser carregada, carrego meu afilhado nos braços. Ao invés de chorar no banheiro do bar, me emociono a cada careta que ele faz enquanto dorme. Ao invés de rir embreagada, rio muito, dou risada de cada palavra que Lívia, tenta dizer. Um com vinte e nove dias a outra com um ano, respectivamente, tão pequenos, tão serenos e tão sábios. Carregam com si a capacidade de trazer de volta a essa dinda/prima, uma felicidade completa. Sem me sentir mais insatisfeita com a vida hoje olho para o lado e vejo que tenho tudo, tenho saúde, amor de mãe, pai, irmão e ainda de quebra tenho quatro amigos que valem por um time de futebol inteiro.
Tem a louca que me atura a doze anos viveu comigo o possível e o impossível do imaginável e pela graça divina ainda vive, também há o bem educado e adorável que sempre faz de tudo por todos nós, se tratando de pouco tempo, falo da minha little frágil mas com uma força capaz de me reerguer quantas vezes for e preciso e por fim e sem saber muito o que escrever sobre ele, digo meu novo amigo, que não é o mais louco, não é o mais bem educado e muito menos o mais frágil, mas é na medida certa o amigo sincero, que me atura, que respeita e que fala o que tem que ser dito e isso o faz ser quem é, e se encaixar como ninguém nessa quarta parte e juntos estão guardados naquele lugar, onde eu disse ainda pouco que ficava guardado apenas o que realmente importa.
Ainda nele, ficam a mina de ouro, aquela que aos dois meses de vida Deus me entregou nos braços, minha mãe, papai e meu irmão. Cada um em seu papel fundamental se fazendo cada vez mais essencial ao longo dos atos de amor infinito. Minha mãe eu não preciso descrever muito para não deixar de cara, clichê. Mas posso definir um pouco em palavras dizendo assim: Se um dia fores embora, me leve junto, pois não sei viver em um mundo onde não existas. Já meu pai, se fez ausente, de corpo, a minha infância inteira, culpa da profissão, mas a cada viagem sempre me deixou claro que levava só parte do coração a parte necessária para viver, pois todo o resto dele ele deixava aqui comigo, me protegendo por orações e me amando sempre, e a cada chegada era um alívio para ambos, nunca fora muita coisa dita entre nós dois, mas sentimentos ternos e incrivelmente fortes, foram sentidos, sempre. E meu irmão, como o próprio gosta de dizer, meu pai substituto, na ausência do matriz, vem tu, excessivamente protetor tanto que foi motivos de várias das nossas "tipicas" brigas de irmãos, mas sempre me salvando, sempre de certa forma me ajudando e só tu sabe como, e mesmo depois de tudo que já havia me dado, sempre mais do que recebera em troca, tanto materialmente falando como qualquer outra coisa, me deu duas coisas essenciais na vida, mais valiosas que qualquer outro presente que já havia me dado, minha cunhada, que de certa forma divide com ele o posto de irmão mais velho e se fez tão irmã quanto, e recentemente me deram os dois juntos o bem mais raro da vida, Bernardo. Faço questão de citá-lo assim, sem papas na língua pois é a união de tantos sentimentos, de tantas pessoas, de tanto amor e foi um sonho realizado de tanta gente.. Bernardo, é realização, satisfação.. é amor.
Depois de tanto expressionismo ou sentimentalismo, chame como quiser, será que é possível entender quando eu falo de noite, para mim não é a melhor definição para VIVER? Não vou bancar a santa, ou nem mesmo a moça de família, é claro que vou pra noite, hoje muito menos do que já fui, mas é porque vi que a vida é muito mais e vai além de todas as vodkas tomadas, todos os beijos em vão e todos amores adolescentes. Isso são acréscimos que, se tem, tem. Se me falta, sei que tenho muito mais para suprir qualquer ausência. Entenda, que o amor que nos mantém vivos é muito mais que a chamada combinação, que qualquer "curtida" ou "night".
Fica por fim meu objetivo inicial, apenas ame sua família, ame a sua segunda família, que chamamos de amigos. Tente sempre olhar em volta, olhe para aqueles que fazem questão da tua presença no mundo a cada nascer do sol e para aqueles que tu buscaria o sol para dar, aqueles que o afeto seja sempre recíproco. E consiga que isso te domine de, que te encha de luz e paz, que te encha de vida.


*Imagem em homenagem a uma artista que admiro muito, Tarsila do Amaral.